quinta-feira, 31 de julho de 2008

FAQ English Channel Swimming with Nuno Vicente

Em muitos sites, mesmo em português, encontramos um link chamado FAQ. Isto quer dizer “Frequently Asked Questions”, ou seja, Perguntas Frequentes…

Ao longo deste últimos anos, muitas foram as entrevistas, muitas delas sem qualquer graça e com as mesmas perguntas de sempre. Por isso estas próximas perguntas serão muito parvas, mas com (talvez sim, talvez não) interesse superior às míticas perguntas: “Como começaste a nadar” ou “ Porquê o Canal da Mancha?”.
O Sonho da Mancha aconteceu realmente?
Pois, quem me conhece bem sabe que tenho alguns distúrbios do sono… e algures numa noite de Novembro de 2005, esse sonho aconteceu mesmo. Só não me lembro se a luz de presença da TV estava ligada, ahahahah.

Qual a coisa mais querida que te disseram antes de partir?
Boa Sorte no suicídio! (por Maria Cunha)

Qual vai ser o maior obstáculo ao longo do Canal?
Provavelmente Alforrecas! Desde a minha 1ª Travessia do Rio Guadiana, tinha eu uns 12/13 anos, fiquei com a ideia que esses bichos asquerosos eram perfeitamente dispensáveis dos nossos mares… Mais a sério, os perigos maiores são: frio, vento, correntes, barcos, distância, visibilidade… e a saúde dos meus dois ombros. Também há que não esquecer as diabólicas gaivotas!

Depois do Canal, qual a próxima loucura?
Férias! O resto é segredo…

Esse mau aspecto é propositado?
LOL… optei por deixar a barba crescer desde há umas 3 semanas… espero poder mostrar aqui uma foto do pormenor mais nas vésperas da Travessia. Acho que me ajuda a suportar o frio da água na zona da cara. A minha mãe é que não gosta nada da brincadeira. A razão disto tudo, foi que cresci sempre a ouvir dizer coisas como: “Isso è para Homens de barba rija!”, ou “ Quando fores para a Tropa…”.

Qual é o teu objectivo de tempo para atravessar o Canal?
Não me lembro de ter sonhado com esse pormenor! Só quero colocar o meu pé em solo francês. Nunca fui a França e parece-me que na 1ª vez sou vou poder lá estar uns 2 minutos…

NOTA: Deixa também a tua pergunta mais estúpida de que te consigas lembrar, que ela será respondida…

12 comentários:

Anónimo disse...

O que achas que te vai passar pela cabeça quando chegares a Calais?
O que vais recordar deste projecto todo?

Nuno Vicente disse...

À imagem do que aconteceu qd cheguei na ultima vez a peniche após 7h05m de esforço, vou pensar que não acredito que consegui.

Mais que isso, respondo-te daqui a 15 dias...

Anónimo disse...

se avistares um barco na tua trajectória,o que achas que vais fazer?

Graça Vilarinho

Nuno Vicente disse...

1) se der para passar na frente dele, aumento o ritmo
2) se não for possivel, paro para comer mais cedo e dp nado no sentido de depois do barco passar por mim, consiga aproveitar uma melhor corrente... (teorias! lol, vou beber tanta água;))

Unknown disse...

Além das alforrecas não te preocupa as "ilhas" de detritos que poderás encontrar pelo caminho? Pelo que li, são autênticas jangadas à deriva, com paus e porcarias várias.

Pat

Pista Quatro disse...

Imagina que um dia terás um descendente que se fixa numa ideia semelhante... Que conselhe lhe darás.

Nuno Vicente disse...

PAT,

Essas jangadas, embora mais pequenas, já as conheço do Guadiana. A consequência, tal como no caso das alforrecas, é o ritmo cardíaco subir umas 30 batidas por minuto... do cagaço!

Pista 4,
Se o tal descendente quiser ir fazer a Mancha, só terá autorização para tal se realizar uma preparação com tempo, planeada e rigorosa como eu fiz!

Anónimo disse...

Para além do frio e do cansaço, qual o segredo para ultrepassar o tédio que se deve sentir ao longo de horas e horas na água

Nuno Vicente disse...

Não há tédio.

Penso sempre que é um privilégio estar onde estou. Estar em alto mar dentro de água não acontece todos os dias. Já vi em alto mar baleias (1vez) e golfinhos (3vezes), algo que nunca teria visto se não fossem esta Aventuras.

As dificuldades são muitas e constantemente mudam... o tédio só chegaria se eu fizesse a travessia todos os dias. Também tenho os abastecimentos agendados para que possa ouvir uma palavra de conforto e de incentivo do STAFF.

Quando as coisas correm bem, o facto de vermos as horas a passar com sensações positivas é qualquer coisa de extraordinário. Sair para o mar sem ver o destino é qualquer coisa em que os nossos antepassados foram pioneiros. Agora a uma escala mais pequena e com outra segurança, é a nossa vez.

Anónimo disse...

Quando o cansaço começa a ser muito, não te passa pela cabeça desistir?
Nunca pensaste: Não aguento mais…
Não tens medo que isso te venha a acontecer?

Olga

Manuel disse...

Esta vai ser mesmo estúpida, mas é uma das coisas que acho mais complicadas nessa aventura extrema.

Tens algum "plano mental" para o que pensar durante as horas que vais passar a olhar para a escuridão profunda?

Abraço.

Anónimo disse...

Sou mesmo querida :b ( ou nao xD )